As tétrades são acordes de quatro notas, formados pelas notas fundamental, terça, quinta e sétima de uma escala. Assim como ocorre com as terças, também as sétimas podem ser menores ou maiores. As tétrades diatônicas são obtidas de forma similar às tríades diatônicas: basta que se adicione uma sétima a cada uma das tríades, utilizando-se somente as notas próprias da escala. A figura seguinte mostra as tríades e tétrades diatônicas da escala de ré maior.

Tríades e tétrades diatônicas de ré maior

Tríades e tétrades diatônicas de ré maior

Escalas duetadas 2

06/03/2010

Continuando o que foi dito no artigo anterior, as figuras seguintes ilustram como adicionar uma terça ou sexta a uma nota da escala (nos exemplos a primeira) para formar o “dueto”. Em ambos os exemplos, a nota adicionada é mais alta que a nota da escala (terça ou sexta “acima”). Esta é a situação mais comum, em que a nota fundamental é a mais grave do “acorde”. Entretanto, é possível também adicionar terças ou sextas mais graves que fundamental (terça ou sexta “abaixo”).

Adicionando uma terça à primeira nota da escala de ré maior

Adicionando uma terça à primeira nota da escala de ré maior

Adicionando uma sexta à primeira nota da escala de ré maior

Adicionando uma sexta à primeira nota da escala de ré maior

A figura seguinte mostra a escala duetada de ré maior com terças “acima”. A tablatura associada mostra sua execução nos pares de cordas 3 e 4 da viola. Vale observar que a escala costuma ser executada “para cima” e “para baixo”: toca-se até a oitava e retorna-se à primeira.

Escala duetada de ré maior com terças "acima"

Escala duetada de ré maior com terças "acima"

A próxima figura mostra a escala duetada de ré maior com sextas “acima”. A tablatura associada mostra sua execução nos pares de cordas 2 e 4 da viola.

Escala duetada de ré maior com sextas "acima"

Escala duetada de ré maior com sextas "acima"

Escalas duetadas 1

05/03/2010

Pediram-me há muito tempo que falasse mais sobre escalas duetadas. Desculpando-me pelo tempo de resposta sofrível, devo introduzir o tema com uma frase apropriada: “Quem sou eu!” Infelizmente, em minha condição de aprendiz, devo informar que ainda não encontrei um “tratado” específico a respeito que não fosse eminentemente prático, carecendo de maiores explicações. De qualquer modo, tenho tirado algumas conclusões sobre o assunto, principalmente por intermédio de um estudo totalmente desorganizado de harmonia.

As escalas duetadas são obtidas de forma similar aos acordes diatônicos. No caso dos acordes diatônicos, dou a palavra ao Carlos Almada (ver artigo anterior sobre o livro Harmonia funcional):

O processo de obtenção dos acordes diatônicos […] é simples e lógico: escreve-se a escala maior da tonalidade […], numerando-se os seus sete graus com algarismos romanos. Considerando cada grau como a fundamental de um acorde, acrescenta-se, também diatonicamente, a cada um deles terças e quintas (formando-se tríades) e sétimas (no caso de tétrades). (ALMADA; 2009, p.60)

Com a expressão “acrescenta-se, também diatonicamente“, o autor quer dizer que devem ser utilizadas somente as próprias notas da escala — notas diatônicas –, o que resulta, em cada caso, em intervalos sobrepostos de terças maiores ou menores.

Para as escalas duetadas, ao invés de construir-se acordes com terças e quintas (e sétimas), adicionam-se apenas terças ou, alternativamente, sextas. Pode-se dizer que uma escala duetada é  uma escala formada por acordes diatônicos de duas notas.

Corrigjam-me sempre que necessário… Vou tentar adicionar alguns exemplos num próximo artigo (eu não me acostumo com a palavra post).